Hans Staden, o outro do outro

Baseado na relevância das narrativas de viajantes europeus do século XVI para os estudos históricos literatura brasileira, o presente artigo se ocupa da problemática peculiar encontro entre Hans Staden, mercenário alemão que guardava a entrada Baía São Vicente e seus eventuais captores, índios Tupinambás. Assinalando preliminarmente pregnância, em constructos literários brasileiros dos séculos XIX XX, “Outro” antropófago, tal conformado no testemunho aventureiro, trabalho propõe entender as razões recorrência imagem. À luz uma proposição Michel Certeau, propósito função pessoa quem fala certa cultura - mas nela não tem voz -, bem como inaudita percepção si-mesmo , que, consoante Tzvetan Todorov, alcança-se quando encontra Outro, procede-se reflexão acerca diálogo Staden com esse compreensão alcança sua diversa realidade. Empregando método denominado por Todorov “tipologia relações outrém”, realiza-se então análise epistemológica, coteja figuras narrador narrado, texto. Conclui-se este artigo, demonstrando-se Duas Viagens ao Brasil expõe, um lado, alto grau conhecimento Outro alcançado pelo homem armas alemão, outro, total inépcia traduzir Tupinambá termos europeia, vice-e-versa, obstante instaurar estudo etnográfico fundador.